Recordando Taiguara

>> quinta-feira, 30 de junho de 2011


Maria do Futuro
Taiguara
Duna branca, lua imensa, Maria deita 
nua e branda como as nuvens que a lua enleita.
Duas tranças, uma flor e Maria enfeita
suas mansas curvas cheias que a areia aceita.
Era noite de verão,
vi o amor nascer num sorriso seu.
O luar me convidou,
o mar nos temperou e ela me envolveu...
Nessa rede ela prendeu
minha dor civil, minha solidão.
Nessa rede eu vi nascer minha liberdade.
Tua rede, minha sede,
e o amor te trouxe...
Quero ver o mar salgando teu seio doce...
E em cadeias de amor puro
viver guardado...
Joga areias do futuro no meu passado.



beijos

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Lançamento de livro pela DIGITEXTO

>> segunda-feira, 27 de junho de 2011

No dia 20/06 foi o lançamento de mais um livro pela DIGITEXTO.

Professor da USP lança livro sobre a imigração japonesa


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O físico  e professor titular da USP, Shigueo Watanabe, lança nesta segunda-feira o livro “Os Primeiros Imigrantes Japoneses”, que faz parte das atividades da Comissão da USP para a comemoração dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
O evento acontecerá na Cidade Universitária a partir das 18h.






O professor autografando o primeiro livro.

O professor, sua esposa Renate e o Júlio (meu marido editor)

O professor e o Júlio (ele fica sempre assim - super feliz - a cada lançamento)
Eu também estava super feliz com mais esse lançamento

Eu e a Alayde (Lalá) que é nora do prof. Shigueo e autora da capa do livro


A nossa dedicatória

Como o próprio nome diz, trata-se da história da imigração japonesa descrita por uma pessoa que vivenciou isso, que tem uma memória fabulosa e não queria que tantos dados se perdessem pelo caminho. É um livro bem escrito e com muitas ilustrações. 
Se você tiver interesse na aquisição é só me enviar um e-mail que eu encaminho para o professor, ok?

beijos

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Overdose de diversão

>> segunda-feira, 20 de junho de 2011

Encantamento, magia, sonho, divertimento, emoção, deslumbramento


Voltar a ser criança novamente: Não tem preço.


beijos

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Conto - Um dia qualquer

>> domingo, 12 de junho de 2011


Rodolfo acorda e sem nem saber que horas são, entra no banho.
Enquanto a água morna cai sobre seu corpo esguio de 35 anos, pensa na sua vida.
Até poucas semanas atrás poderia até sentir uma dor no peito de saudade, mas lentamente ela se esvai. A pessoa com quem planejara passar o resto da vida já não faz mais parte dela.
Sofreu? Sim, muito, mas enquanto ele pensava em romantismo, café na cama, flores, músicas que faziam sonhar, passeios de mãos dadas, ela pensava em músicas sertanejas, dançar solto e fazer carreira internacional e pra isso tinha largado tudo aqui, inclusive o namorado, pra fazer um curso de 2 anos no exterior.
Rodolfo até que tentou continuar o romance; apesar das diferenças, gostava muito dela, então depois de um mês que ela tinha ido, viajou ao seu encontro.
Ao vê-la já percebeu que era a última vez que a tinha nos braços como namorada e quando se despediu nem quis olhar para trás.
Saiu do banho, colocou uma roupa confortável e já ia saindo pra tomar o café da manhã quando olhou pela janela. A garoa intermitente parecia uma nuvem de fumaça. Desistiu de sair, preparou um café e resolveu ficar no apartamento.
Abriu a grande caixa que tinha ficado pra ele quando os pais se mudaram da grande casa, onde ele e a irmã passaram a infância, e se mudaram para um apartamento no litoral. Tinham cansado da capital.
A irmã não quis nem olhar para aquele monte de LPs, CDs e o toca discos. Não queria nada jurássico. Ele, ao contrário, adorava ouvir Roberto Carlos que tinha sido o “rei” da sua mãe e os Beatles cantando Yesterday, que tinha sido a canção de seu pai.
Escolheu aleatoriamente um CD e começou a ouvir “Eu sou aquele amante à moda antiga, Do tipo que ainda manda flores; Aquele que no peito ainda abriga, Recordações de seus grandes amores...

Seu rosto entristeceu ao ouvir:
“Hoje senti que é bem melhor
Não haver nada entre nós
Daqui pra frente
Pois você nunca percebeu
Tudo que eu quis lhe dar de meu


E se alegrou ao pensar que iria encontrar um amor só seu, que pensasse como ele, e gostasse das mesmas coisas.

“Canto somente o que não pode mais se calar
Noutras palavras sou muito romântico”



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Luisa guardou o carro na garagem e subiu para o seu apartamento. Queria tirar logo a roupa que estava toda molhada por causa da chuva. Não era uma chuva forte, era mais uma garoa, mas no trajeto entre a faculdade e o carro ficou ensopada.
Ela não era mais uma garota pra estar numa faculdade, muito pelo contrário. Já tinha terminado a sua havia muito tempo, assim como tinha terminado também seu casamento, e aposentado do trabalho no ano anterior. Enquanto pensava na aposentadoria, resolveu pensar também no que poderia fazer depois e resolveu fazer uma outra faculdade. Escolheu o Direito, e estava agora no último semestre. Achava que assim, caso estranhasse ficar desocupada, teria uma profissão por conta própria.
Não sabia ainda se iria exercê-la. Não gostava da maneira de pensar da maioria de seus colegas. Ela era romântica demais para tantas palavras duras e frias que ouvia.
Seu casamento terminara um pouco também por causa disso. Seu ex-marido era médico, e quando contava casos, era com tamanha frieza que ela, mesmo depois de 20 anos de casada ainda não se acostumara. Quando ele se envolveu com outra médica em um congresso, um caso passageiro como ele confessou quando ela descobriu, Luisa lhe virou as costas sem olhar para trás.
Passou um tempo tentando se acostumar com a nova vida de solteira. Saia com as amigas do trabalho, mas logo cansou. Achava que os homens tinham mudado muito. Ela era uma pessoa educada e gentil, e eles confundiam isso com sinais de liberdade, e o convite pra cama acontecia no primeiro encontro.
Ela que sonhava com lindos passeios de mãos dadas, de receber flores no dia seguinte, de preparar ou ganhar café na cama, ficava decepcionada com os encontros onde nada disso acontecia.
Depois de trocar de roupa, e já desistindo de sair por causa da chuva, resolveu fazer o que mais gostava: ouvir música e logo começou a sonhar.

“Esse amor demais antigo
amor demais amigo
que de tanto amor viveu
que manteve acesa a chama
da verdade de quem ama
antes e depois do amor
e você amada amante
faz da vida um instante
ser demais para nós dois

Era assim que imaginava um romance.

“Você não sabe quanta coisa eu faria
Além do que já fiz
Você não sabe até onde eu chegaria
Pra te fazer feliz” .....

Imaginava a cena: Apaixonados, ele a convidaria para um jantar em sua casa. Ela, passaria o dia pensando na roupa que iria usar – principalmente as íntimas – faria o cabelo, as unhas, demoraria no banho, cremes, perfume, maquiagem, batom e ao chegar lá e colocar o pé para dentro da casa uma música começaria a tocar e ele lentamente a pegaria pelas mãos e começariam a dançar.

“Someday, when i'm awfully low
when the world is cold
i will feel a glow, just thinking of you
and the way you look tonight

oh but your lovely
with your smile so warm
and your cheeks so soft
there is nothing for me, but to love you
just the way you look tonight…”


E na manhã seguinte ouviria junto com ele
Este amor é prá nós
A loucura que trás
Esse sonho de paz
E é bonito demais
Quando a gente se beija
Se ama e se esquece
Da vida lá fora...
Cada parte de nós
Tem a forma ideal
Quando juntas estão
Coincidência total
Do Côncavo e o Convexo
Assim é nosso amor
No sexo......

Ouve mais algumas músicas, percebe que está com fome e se lembra que não teve tempo de comprar nada para o almoço. Liga para uma amiga para almoçarem juntas mas a amiga além de já ter almoçado (também, já eram 14h45 pensa, olhando para o relógio) estava longe. Resolve ir para a cantina que tem na esquina ao lado do prédio.
Cumprimenta os garçons e os chama até pelo nome, pois há muito tempo frequenta o local. Senta-se na mesa que gosta; num canto ao lado da janela e de lá, enquanto espera o prato pedido, fica observando a pequena praça, onde sempre alguns pretendentes a artistas se apresentam em troca de alguns trocados. Hoje é uma estátua humana toda azul, aproveitando o sucesso do filme Avatar.

Rodolfo atende o telefone e diz não ao amigo que queria ir a um barzinho comer alguma coisa e ouvir música sertaneja. Prefere almoçar sozinho e como sempre faz nesses momentos, vai para o restaurante italiano que fica a uma quadra de onde mora. O garçon cumprimenta-o pelo nome, mostra um lugar vago, ele agradece, senta e começa a observar as pessoas, e, de repente seu olhar se fixa num ponto e ele se pergunta:
- E se começar a chover novamente, será que toda essa pintura azul do corpo do Avatar sai facilmente ou ele vai embora antes disso?


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Dois pares de olhos buscando o amor, olhando fixamente para um ponto na multidão.
Vamos torcer para que esses olhares se cruzem, se olhem, se gostem, se amem e........
deixem a vida correr lá fora?


beijos

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Férias - Quer ir comigo?

>> sexta-feira, 10 de junho de 2011



Férias.................. Essa palavrinha é mágica não é?
Então, a semana que vem (dia 15) é o meu aniversário, e nessa data eu gosto de viajar. 
Na infância eu quase não tive festas de aniversário (acho que não era costume). Depois, já crescida, fiz algumas,  como a do ano passado, que eu convidei o mundo todo para festejar comigo.
Mas este ano resolvemos (marido e eu) viajar e aproveitar o Dia dos Namorados e o aniversário.
Vamos "brincar" de viver. Não é bom?
Bem, tudo isso é pra dizer que não estarei por aqui na semana que vem. Vou tentar deixar alguns posts programados, mas não estarei presente nos blogs de vocês.
Mas eu me conheço; sei que voltarei morrendo de saudades e aí eu mostro as fotos (de quase tudo) e converso com vocês ok?
um beijo

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Vocês concordam ou não?

>> quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vejam se vocês também concordam:


A palavra mais rica da língua portuguesa é a palavra MERDA.


Esta versátil palavra pode mesmo ser considerada um coringa da língua portuguesa....
Vejam os exemplos a seguir:


1) Como indicação geográfica 1:
Onde fica essa MERDA?


2) Como indicação geográfica 2:
Vá a MERDA!


3) Como indicação geográfica 3:
17:00h - vou embora dessa MERDA.


4) Como substantivo qualificativo:
Você é um MERDA!


5) Como auxiliar quantitativo:
Trabalho pra caramba e não ganho MERDA nenhuma!


6) Como indicador de especialização profissional:
Ele só faz MERDA. 


7) Como indicativo de MBA:
Ele faz muita MERDA.


8) Como sinônimo de covarde:
Seu MERDA!


9) Como questionamento dirigido:
Fez MERDA, né?


10) Como indicador visual:
Não se enxerga MERDA nenhuma! 


11) Como elemento de indicação do caminho a ser percorrido:
Por que você não vai a MERDA? 


12) Como especulação de conhecimento e surpresa:
Que MERDA é essa?


13) Como constatação da situação financeira de um indivíduo:
Ele está na MERDA...


14) Como indicador de ressentimento natalino:
Não ganhei MERDA nenhuma de presente!


15) Como indicador de admiração:
Puta MERDA! 



16) Como indicador de rejeição:
Puta MERDA!


17) Como indicador de espécie:
O que esse MERDA pensa que é? 



18) Como indicador de continuidade:
Tô na mesma MERDA de sempre. 



19) Como indicador de desordem:
Tá tudo uma MERDA!


20) Como constatação científica dos resultados da alquimia:
Tudo o que ele toca vira MERDA!


21) Como resultado aplicativo:
Deu MERDA. 



22) Como indicador de performance esportiva:
Meu time não está jogando MERDA nenhuma!!!



23) Como constatação negativa:
Que MERDA! 



24) Como classificação literária:
Êita textinho de MERDA!!! 



25) Como situação de "orgulho/metidez":
Ela se acha e não tem 'MERDA NENHUMA!



26) Como indicativo de ocupação:
Para você ter lido até aqui, é sinal que não está fazendo MERDA nenhuma!!!


Concordam? Ah! não vale dizer agora 
Hum....... mas que M.... de post heim?


beijos


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Eu, ela e o Keith

>> domingo, 5 de junho de 2011

"Se minha mulher caísse de amores por um arquiteto ou um advogado, acho que eu ainda poderia competir"

QUANDO ME PERGUNTAM "e aí, tudo bem?", eu respondo que sim, "tudo ótimo", mas é mentira. Não está tudo ótimo, está tudo péssimo: faz um mês, minha mulher se apaixonou pelo Keith Richards -e não tenho a menor ideia do que fazer.

A paixão foi despertada pela biografia do guitarrista, que eu mesmo, num desses irônicos maus passos da vida, lhe dei de aniversário. Cazzo, como eu ia imaginar que o livro do mais feio dos Rolling Stones, aquele ex-pirata bexiguento, pudesse fazer brotar em minha amada -uma moça fina, discreta e, até então, equilibrada- semelhante sentimento?

Não foi amor à primeira vista. No começo, ela ficou chocada. Enquanto lia, esticada no sofá, fazia caretas: "Nossa, que horror, ele comprou meio quilo de heroína!", "Uau, que imbecil, ele jogou uma faca no produtor!", "Que isso?! Ele deu um tiro no chão do hotel, porque o Charlie Watts tava fazendo barulho no quarto de baixo!".

Aos poucos, contudo, vi em seu rosto o asco se transformando em admiração, a delinquência sendo interpretada como liberdade. "Olha isso: eles voltavam de uma festa, muito loucos, lá na França, pegavam o veleiro do Keith e iam tomar café da manhã numa ilha!", "Putz, ele não tinha casa, morava cada semana com uma groupie diferente!".

Eu, da minha poltrona, um livro aberto no colo, um copo de Coca Zero na mão, a léguas de distância de groupies, heroína, facas e veleiros, apenas ouvia, apreensivo.

Ninguém é menos Keith Richards do que eu. Nunca briguei. Não discuto nem com flanelinha. Aventura, para mim, é ir até o Sesc Belenzinho, num domingo.

Se minha mulher caísse de amores por um escritor, por um arquiteto, um advogado, eu teria uma margem de manobra, talvez conseguisse mostrar que sou mais legal do que o outro, mas como competir com um cara que, aos 70, quebra a cabeça caindo de um coqueiro -e só se dá conta do estrago uma semana depois?

Será que era esse o tipo de homem que ela esperava que eu fosse, desde que nos conhecemos, há quatro anos? Será que, enquanto eu me esforçava para usar corretamente os talheres e não falar de boca cheia, ela sonhava com brigas de cadeirada e moshes de três metros de altura?

Quinze dias atrás, cansado de sofrer calado, não deixei que ela terminasse de me contar sobre uma suruba em Ibiza, em 1971; virei minha Coca como se fosse Jack Daniels e perguntei, na lata: "Você está a fim desse cara?". Passado o susto, ela assumiu. "Tô. Um pouquinho."

No bar, diante de uma cachaça, ouvi os consolos de um amigo. Essas paixões platônicas são muito comuns, me garantiu. Confessou-me que ele mesmo, ano passado, caiu de amores pela Lady Gaga. Depois esqueceu. Um conhecido nosso, disse-me, quase enlouqueceu com a Lídia Brondi na reprise de "Vale Tudo". "Pensa no lado bom: antes o Keith Richards do que o Capitão Nascimento, né?" Verdade.

Em breve, ele jurou, minha mulher terminará de ler a biografia e a paixonite sumirá, provando que três simples acordes de guitarra jamais abafarão a bela sinfonia que, ano após ano, lentamente, estamos compondo. Torço para que isso aconteça. (E para que Keith Richards resolva, qualquer dia desses, subir novamente num coqueiro).

Texto de Antonio Prata, publicado na Folha de São Paulo, caderno Cotidiano em 25/05/2011

beijos

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Eu gosto do Não se você diz Não viver sem mim

>> quarta-feira, 1 de junho de 2011

Eu gosto do não
Eu gosto do nada
Eu amo a demora
Adoro a pressa
Venero a saudade
Eu gosto da falta
Venero a saudade

Isso, escrito assim é estranho não é? Gostar do não, do nada? Amar a demora e a pressa? E venerar a saudade então? Masoquista eu?
Mas se todas essas palavras estiverem num outro contexto?
Assim por exemplo:

Fica bem melhor não fica?
beijos

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